Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lembranças embaladas para presente.


Dia das mães, dos pais, das crianças.
Calendário que registra datas.
Comércio que comemora vendas.
Pessoas que tem datas marcadas para serem lembradas.

Lembranças embaladas.
Surpresas já esperadas.
Mecanismos vitais para se manter vivas as confraternizações humanas.
Embalagens descartáveis, assim como a superficialidade que se alimenta.

Não que não se possa render homenagens a quem se gosta.
Nem que se desconsidere a relevância dos relacionamentos.
Mas que se viva a afetividade todos os dias, inclusive nos mais adversos.
Por não ser comprada,  talvez seja essa a mais relevante celebração.

Chega de comemorações sazonais.
Que se descarte o apego aos bens materiais.
Que as lojas prolonguem o prazo para a felicidade.
E que as vitrines estampem diariamente as combinações ideais para as surpresas ocasionais.

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