Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.

domingo, 3 de abril de 2011

Amigos: cimento, tijolos e devoção.


Tenho amigos que nem sabem que os tenho.
Por eles, nutro um apreço e admiração imensuráveis.
Agradeço a disponibilidade que me dispensam.
De cada um deles sou devoto.
Afinal, os devo muito do pouco que aprendi até hoje.

Não abro mão de nenhum, mesmo aqueles que pelas ocupações se vão.
Quando voltam tudo é esquecido e novamente somos como antes, bons amigos.

Com eles, muito consegui construir.
Confissões que me fizeram forte, seguro. Terreno.
Aprendizados diários com alguns. Cimento.
Com outros, encontros ao acaso. Com sua significância, claro. Alguns poucos tijolos.

Desentendimento por protestar, por defender opiniões diferentes. Desenho, que a cada dia foi sendo (re)feito para que ao final, a obra obtivesse um tanto de imponência.
E-mails e telefonemas. Mão de obra.
Contatos rápidos, acenos distantes... Portas e janelas.

Na construção do meu eu, muito ainda há para fazer.
Os tijolos que faltam serão adicionados, as adaptaçõesretoques necessários serão executados dia a dia, com a ajuda de amigos que ainda vão chegar.
A iluminação e demais acessórios completarão um dia, quem sabe, essa construção.

Só então estarei pronto para receber, alojar, oferecer.
Afinal, um bom anfitrião sempre desempenha com ênfase seu ofício.

Cuidando bem da obra, por muito tempo poderá se ter tranquilidade.
Por isso, quero ao meu lado os bons e verdadeiros amigos. Aqueles que sempre comigo estiveram.
E, um dia, quando a obra necessitar de reformas, quero contar com cada um deles, para não tornar-me ruína.

2 comentários:

  1. Realmente, ótimas metáforas, todas muito bem localizadas. Magnífico texto sobre a construção de um "eu".

    Parabéns.

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