Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Divagação


O céu tem pressa, corre involuntariamente
Já é a noite do dia que virá
Pelas brechas de minh´alma
Vejo transeuntes lotando a estação

Buscam talvez o que não se vende.
Quando menos se espera a lua cai
Eles correm e não sei para onde vão
Será que ao menos eles sabem?

Nada se deseja além do que se pensa
Às vezes penso que não sei de mim
Vias repetidas, Lugares insuficientes
Para se ir, já que busco outros desertos

Carro enguiçado, esqueci o step!
Desejo sair andando por ruas sem saída...
Talvez me faça esquecer que preciso
Lembrar que tudo não passou de um engano.

domingo, 29 de julho de 2012

Crise de identidade



Insubordinação.
Relutância.
Aglomeração.
Incoerência.
Superposição.
Impaciência.
Abstinência.
Petrificação.
Insuficiência.
Permissão.
Decadência.
Proibição...

Perdidos andam sem direção.
Desassistidos, numa contramão.
Irracionais? Claro que não!
Seres humanos é o que são.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Destino ancorado


Morro
Que me impede de viver
Ver além, não posso mais

Caminho
Que tento percorrer
Ser melhor, retórica jamais

Ponte
Que o amanhã me faz romper
Do lado de lá, cenas reais

Estrada
Que de mim faz-me perder
Cantiga de esponsais

Atalho
Que a vida permite-me reaver
Fim de tarde no cais.

sábado, 5 de maio de 2012

Poeminha


Bom dia flor do campo
É verdade o que dizem de você?

Abandonei tudo o que fazia
Preocupado aqui estou, vim lhe ver!

Emudecestes para sempre amada minha?
O que mais preciso é saber porquê...

Senti falta dos rabiscos que me escrevia.
Quando o carteiro via, ia correndo receber!

Hoje, sem encomenda alguma
Anseio em seus olhos, resposta qualquer obter.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Amor: pleonasmo vicioso


Personifiquei-me num paradoxo
De mim nem sei mais, me proponho a sintonizar
Você: frequência, quase sempre, intermitente

Metáforas inúmeras criei pra te conquistar
Arrumei até fotografias na estante
- Cheiro de Felicidade clandestina no ar

Comparações utópicas que sempre invento
Meras Antíteses que servem para acentuar
As indiferenças que fingimos não conhecer

Exagerado sempre fui, não nego
As Hipérboles em mim se fizeram Hipérbatos
Confusões que nunca soube administrar

Logo eu, que de amor pensei entender
Coração principiante um dia há de crescer
Metonímias que sozinhas não podem ser

Musicalidade (des)ritmada agora se cria
Versos improvisados que a rima não achou,
Assonâncias que se despedem: Até! Axé! Ai Zé...

Amor! Pensei tratar-se de Perífrase essa saudação
Catacrese mal empregada! Como não pude perceber?
Ironia do destino? Vai saber!

Recorro agora aos saudosos braços do Eufemismo
Quem sabe, um dia, eu entenda que a tentativa de amar
Não passa de um Pleonasmo vicioso e difícil de escapar.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pele nova


Meus lábios agora estão refeitos
Vontade de ser mais - reconstrução
Pele nova que renova os (e)feitos

Desfeitos, pois, estão os fúteis beijos seus
Celebração estupefaciente demasiada
Redoma cruel da qual me despeço – adeus! 

Não falemos mais aqui em defeitos
Já que é tênue a linha que separa o agressor
E aquele que vitimado se deixa ser

Caído sobre meu orgulho, expresso:
Seu amor, sempre mendiguei pra mim
Em papel de recruta atuei - réu confesso 

Agora, que nem bom soldado, recuo...
Recolho minhas melhores investidas,
Pra oferecer a quem pele nova, tem também.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Coitada criatura



Coitado!
Sou eu, por acreditar nessa doce ilusão...
Suave aventura
Necessária para alegrar os dias vãos

Coitado!
Sou eu, por em dias melhores apostar...
Utopia que perdura
Vãos insalubres, onde não se quer morar

Coitado!
Por desconfiar que alegria existe, sou eu...
Trépida desventura
Nostalgia redundante, de que me faz lembrar

Ser Coitado é desvendar milhões de mares...
Necessária compostura
Para ser feliz, mesmo sendo Coitado!

sábado, 31 de março de 2012

Efemeridade da vida


Moço! Ontem me disseram
Que a vida é um sopro silente
Espécie de gangorra instável
Tipo galho seco, antes de definhar

- Tudo é incerto quando se vive rapaz!
Ás, dama de espada ou valete de copas
Todos envolvidos num belo jogo de azar

- Não há tempo que dure menino!
Na vida dos que vida incerta possuem
Até o respiro do mais rico, pode faltar

- Homem! Não importa o que estás a maquinar
Largue tudo exatamente aí como está...
Perceba que o efêmero é a vida que se leva
E que amanhã será tarde demais para reparar...

quarta-feira, 21 de março de 2012

Recado mudo


Emudecestes mensageiro cruel?
Não vês que há muito espero
Ao menos recado mudo
Em rabiscos de papel?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dias melhores


Há dias que não sei de mim
Por não saber, persisto
Caminhos mais longos, insisto
Percurso incerto percorro
Tentando acertar, às vezes, erro

Há pouco, senti o gosto amargo do silêncio
Relembrar do passado até invento
Para que ao menos na lembrança
Não me sinta tão só, ao menos um momento

Impaciente, espero a lua chegar
Esse dia, uma hora há de acabar
De repente, a noite finda, eu ancioso
Almejo, um dia melhor pra compensar.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sobre Verão: tempo de alegria...


Maria Cristina disse...
Sim, o verão chegará! Então, guardemos as lágrimas de saudade, e as árvores de Natal. E que venha o Sol. Magestoso, forte, singular. E nos traga paz de espírito e calor aos corações. Beijos, amado David.