Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dias uteis


Deveriam inverter
Os dias do calendário
Ou pelo menos a ordem
Das prioridades da vida

Uteis mesmo deveriam
Ser aqueles dias em que
Reconhecemos o quanto
Foram inesquecíveis

Onde as horam demoram;
Quando dormimos tarde
Ou nem se quer dormimos,
E a felicidade, ali, ao lado

Que os programas do final
De semana ocupem também
Os dias letivos e que alegrias
Ocupem todo o calendário.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Meia face




De perfil apenas
Um de mim
Fica evidenciado

O outro de lado
Quase mudo
Permanece calado

Registro limitado
Expressão amena
D'um retrato lacrado

Às vezes, mais que um
Quando busco outra
Volto a nenhum.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Distante


O dia fugiu
E com ele eu também
Fomos para longe
Ver a lua que lá tem
Só soube depois
Que procurava alguém

Notícias minhas
Todas levei
Somente os bilhetes
Que me mandou deixei
(Por nunca os lê)
Ficaram na gaveta

Percurso longínquo
O que caminhei
Trajetória inevitável
Agora disso eu sei
Um passado nebuloso
Aquele ao qual escapei.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ser do mundo

                           
Ser do mundo
É não pertencer
A ninguém

Um Ser inóspito
Que de tudo
Fica aquém

Alheios, emprestados
Assim são esses seres
Perfil de indigentes

Que quando anoitece
Sentem dor
Por serem sós

Que lamentam
Por terem se tornado
Senhores decrépitos

Destino insensato
Percurso que se cavou
Proibido retorno.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Diariamente


Eram os mesmos hábitos todos os dias
Trabalhar era a minha grande agonia
Despercebido andava quando
No caminho do trabalho
Ali, sentada na calçada
Você aparecia

Desiludido estava
Avistar você foi
A metáfora de minha alegria
Realização no meio do caminho
Trabalhar agora era meu maior prazer
Claro, nos dias em que via você

A notícia de sua mudança
Veio com a placa na faixada
Em-placou a solidão em meu peito
Meu percurso a partir de agora
Tornou-se mecanismo de repetição
Sem nenhum atrativo ao coração

Depois de um tempo
Insistia em passar por aquela rua
Quem sabe encontrava você
Por causa de sua ausência
Foi preciso mudar a rota
Ainda hoje espero lhe ver.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Atemporal


Entre tanta coisa
Que resiste ao tempo
Vale a pena destacar

O amor;
(Que sempre andou ao lado do ódio)
A embriaguez;
(Companhia dos desiludidos)
A saudade;
(Ferida que dura para cicatrizar...)

A mocinha e seu amado;
(Nos filmes e seriados)
O soldado e o bandido;
(Que nunca se deram as mãos)
A companhia e a solidão...
(Nutridas pelo desejo e a aversão)

Por serem muitas e desconhecidas
A lista limita-se
Torna-se impublicável

Reservo-me então ao direito
De continuar aprendendo
Quem sabe um dia

Aqui direi piamente
Sobre outros pensamentos
Que com o tempo recuperei

A-casos escritos


As cartas muito dizem
Sobre os acasos
Que a vida inventou

Ás de baralho
Em nossa história
Levaram-me até você

As de recomendação
Confirmaram que o destino
Trouxe-lhe para mim

As de amor
Enlace de sentimentos
Que concretizou nossa união

sábado, 20 de agosto de 2011

Pensamentos soltos e mais nada

Gritei seu nome aos quatro ventos
Publiquei na capa de meu livro
Uma canção que fiz para você

[...]

Fecho-me em meu mundo
Para não revelar
A alegria em te ver

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Sopro



  De um sopro surgiu a vida

          Um dia ela veio até mim

   Hoje, liberei um sopro cansado

           Depois de um dia de trabalho.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

A hORA é agORA


O momento era aquele
Quem mandou não se entregar?
O tempo passou
Viu no que foi dar?
Ela chegou perto de mim
Não teve como evitar!
Que comigo isso aconteceu
Não tenho como negar,
Logo eu que evitava o novo
Para nos seus braços um dia poder estar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Fome de você


Fome sem nome
Essa vontade de lhe ter
Alimento minha'lma
Assim que vejo você

Sou carnívoro do amor
Feito leão esfomeado
Que não sacia a vontade
Outra presa vai querer

Diferente do felino
Contento-me com seu sorriso
Alimento que preciso
Estando longe de você

sábado, 13 de agosto de 2011

Projeto de uma crônica


Quem me dera se o escrito de agora fosse invenção
Daqueles, tipo drama ou comédia
Gêneros da ficção

Se trata do destrato entre humanos
Competição e discórdia
Que subsiste há anos, desde a criação

Buzina, xingamento e contramão
Males compartilhados todo dia
Pessoas que andam sem ter direção

Que um basta é necessário já se sabe
Respeito e tolerância bem que podia
Antes que o mundo acabe.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Atemporal


Entre tanta coisa
Que resiste ao tempo
Vale a pena destacar

O amor;
(Que sempre andou ao lado do ódio)

A embriaguez;
(Companhia dos desiludidos)

A saudade;
(Ferida que dura para cicatrizar...)

A mocinha e seu amado;
(Nos filmes e seriados)

O soldado e o bandido;
(Que nunca se deram as mãos)

A companhia e a solidão...
(Nutridas pelo desejo e a aversão)

Por serem muitas e desconhecidas
A lista limita-se
Torna-se impublicável

Reservo-me então ao direito
De continuar aprendendo
Quem sabe um dia

Aqui direi
Sobre outros pensamentos
Que com o tempo recuperei.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Outro eu além de mim


Mesmo estando em minha companhia
Às vezes me sinto
(    só    )

Não sabia o quanto doía ser sozinho

Na hora da dor
Meu outro Eu se debate comigo
E tenta me encontrar
Conversa fiada
Sentimento soturno
Vazio noturno

Pela impossibilidade de diálogo
Continuo ímpar
Entendo que permanecer assim
É necessário para que
Eu possa entender a mim mesmo

Ser
Sozinho
Sempre!

A Solidão me acompanha infinitamente
Não sou apenas um
Somos par!
Isso me alegra
Hora de dialogar.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sensações inesquecíveis


Primeiro beijo
Descompasso
Vontade de treinar

Viajar sem destino
Encontrar um lugar
Querer voltar pra lá

Amor verdadeiro
Que o tempo leva
Põe outro no lugar

Queda de bicicleta
Curativo imediato
Volto a praticar

Trilha da cachoeira
Água gelada
Quero me molhar

Aula inaugural
Novas metas
Planos a traçar

Blog porta treco
Descobertas
Rascunhos a compartilhar.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Você decide

Folha em branco
Pode ser o que eu quiser
Carta, convite ou desquite

O timbre do papel
E o destino
Quem decide é você

[Texto incompleto]


domingo, 7 de agosto de 2011

Sobre a brevidade da vida


Já te chamaram de louca
E de breve também

Sabe vida
Chamo-te devida

Por não saber
Até quando fico
Possa viver sem desdém
- Igualdade que se tem

Afinal o melhor de tu
É viver!

Viver bem
Viver mais
Viver bem mais

Enquanto o relógio faz tic tac
Eu faço toc toc
Bato a porta da felicidade
Quem sabe encontro você.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ligação enganada


Campainha não anuncia chegada
Telefone mudo
Encomenda para a casa ao lado

Ligação errada
Linha cruzada

Entrecruzamento
Bifurcação

Como se encontra a saída
Quando não se encontra emoção?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Não!


Não!
Não reclames do amor que não te dei

Poupe-me da hipocrisia do seu discurso
Vão!

Sabes que seu sentir é um fingimento
Que exala mau cheiro
Tão!

Não mereces sequer minha indiferença
Não!

Quando caí em mim
Faltou-me chão

Mão!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Várias possibilidades de leitura


Leituras
Do outro
Do mundo
De mim

Várias
Superficiais
Intelectuais
Banais

Possiblidades
Compreensão
Participação
Transformação

O texto não acaba
quando a leitura termina.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Escassez di-versos


Noite sem sono
Sobre a mesa uma xícara de café frio
Esqueci de beber

Do cigarro sobraram as cinzas
Rima branca

Escassez di-versos

Deixo tudo como está e vou dormir.