Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Verão: tempo de alegria


Se desfaça de tudo
Que não faz bem:
Roteiros baratos
Amores emprestados
Promessas vãs

Fotografias de antes
Já não podem mais
Resgatar emoção
Nem acabar solidão

Perfumes sofisticados
Tornaram-se nódoa Mor
Antídotos sem aroma
Incapazes de sedução

Músicas emudeceram
E aquele grito preso
Hoje, imprestável
Cedeu lugar à calmaria

Flores ainda no vaso
Agora amassadas no canto
Sem a beleza de outrora
Agora inodoras e sem encanto

Despido dessas memórias
É tempo de novos lugares
Para em fotos registrar

Embalados em essências fortes
Será possível compor as mais
Inéditas canções de amor

Ocasiões assim flores carece ter
Animar o ambiente
E ao coração entreter

Contudo, se com o tempo
As lembranças sufocarem
Esqueça-as e prepare a casa novamente
Porque o verão sempre chegará.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Descompasso


Sinfonias inauguram
Concerto anunciado
Público animado festeja
Espetáculo iniciado

Expectativa abraça orquestra
Dê-me lincença Senhor
Isso pra nada presta
Alguém gritou.

Como se adivinhasse,
Na hora principal
Ajustes tropeçaram:
O giro agora é giral!

Melodia fora do compasso
Logo gerou um estardalhaço
Corre-corre no palco
Improvisou o palhaço

Inevitável Prejuízo aconteceu
Plateia agora muda desfalece
Esvazia galeria e emudece
Descompasso assim entristeceu

Quando faltam os aplausos
Diante de qualquer Espetáculo
É de tristeza que se enche
Os corações da Companhia.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Pra sempre Carnaval


Quem dera fosse a vida toda um carnaval
Época de Alegrias fora de época
De Recortes, Suspiros e Saudades
Que o tempo insiste em rememorar
Amizades (re)feitas e descomplicadas
Beijo demorado em abraço apertado
Celebração em vários tons e melodia
Frevo, Marchinhas e Samba astral
Axé une verso e prosa nessa sintonia
Demonstração gloriosa de carnaval
Que renova energias pra proteger do mal.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Insônia


É no escuro da noite que emudeço
O silêncio da madrugada
Faz-me gritar de tanta inquietação
Que um dia fui feliz, agora esqueço.
Da sacada vejo nada acontecer
Nessa rotina, logo o dia amanhece
Antes disso, toco a lua em pensamento
Companhia dos tempos de enlace
Que contempla cada instante dessa luta
Travada com alguém que já foi embora
Que levou emprestada minha alegria
E deixou a insônia como companhia.