Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ao encontro do Encontro



Penso que "visita"
Tem a ver com moléstia,
Ausência, frieza e pesar

Luto e separação esquisita
A tais mazelas, me atrevo ainda
Essas outras acrescentar 

Jamais visitaria meu Amor
É aprazível a mim o momento
De quando a ele vou encontrar 

Ânsia voluntária intermitente
Tempo infindo que se demora
Espera que anuncia o avistar

Tudo pronto para o Encontro
Breve, pausado, sorrateiro
Ao acaso ou a combinar

Tudo cabe nesse instante
Circuito curto emocionante
No qual até a Visita há de invejar.

sábado, 5 de janeiro de 2013

(Des)sabores


Criei a fórmula da Coragem

Mas sou um Covarde
Gasto Tempo com Ilusão
Crio Fantasia que engana
A mim mesmo

Tenho o mapa da Mina

Mas sou um Desnorteado
Insisto em me perder
Nas paralelas, perpendiculares,
De mim mesmo

Conheço a fonte dos Desejos

Mas não sei o que pedir
De tantos sabores provei
Mas um dessabor guardei
Em mim mesmo

Invento poesias de Amor

Mas me falta Inspiração
Para torná-las alegres
Já que sigo só
Comigo mesmo.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Divagação


O céu tem pressa, corre involuntariamente
Já é a noite do dia que virá
Pelas brechas de minh´alma
Vejo transeuntes lotando a estação

Buscam talvez o que não se vende.
Quando menos se espera a lua cai
Eles correm e não sei para onde vão
Será que ao menos eles sabem?

Nada se deseja além do que se pensa
Às vezes penso que não sei de mim
Vias repetidas, Lugares insuficientes
Para se ir, já que busco outros desertos

Carro enguiçado, esqueci o step!
Desejo sair andando por ruas sem saída...
Talvez me faça esquecer que preciso
Lembrar que tudo não passou de um engano.

domingo, 29 de julho de 2012

Crise de identidade



Insubordinação.
Relutância.
Aglomeração.
Incoerência.
Superposição.
Impaciência.
Abstinência.
Petrificação.
Insuficiência.
Permissão.
Decadência.
Proibição...

Perdidos andam sem direção.
Desassistidos, numa contramão.
Irracionais? Claro que não!
Seres humanos é o que são.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Destino ancorado


Morro
Que me impede de viver
Ver além, não posso mais

Caminho
Que tento percorrer
Ser melhor, retórica jamais

Ponte
Que o amanhã me faz romper
Do lado de lá, cenas reais

Estrada
Que de mim faz-me perder
Cantiga de esponsais

Atalho
Que a vida permite-me reaver
Fim de tarde no cais.

sábado, 5 de maio de 2012

Poeminha


Bom dia flor do campo
É verdade o que dizem de você?

Abandonei tudo o que fazia
Preocupado aqui estou, vim lhe ver!

Emudecestes para sempre amada minha?
O que mais preciso é saber porquê...

Senti falta dos rabiscos que me escrevia.
Quando o carteiro via, ia correndo receber!

Hoje, sem encomenda alguma
Anseio em seus olhos, resposta qualquer obter.