Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Amor: pleonasmo vicioso
Personifiquei-me num paradoxo
De mim nem sei mais, me proponho a sintonizar
Você: frequência, quase sempre, intermitente
Metáforas inúmeras criei pra te conquistar
Arrumei até fotografias na estante
- Cheiro de Felicidade clandestina no ar
Comparações utópicas que sempre invento
Meras Antíteses que servem para acentuar
As indiferenças que fingimos não conhecer
Exagerado sempre fui, não nego
As Hipérboles em mim se fizeram Hipérbatos
Confusões que nunca soube administrar
Logo eu, que de amor pensei entender
Coração principiante um dia há de crescer
Metonímias que sozinhas não podem ser
Musicalidade (des)ritmada agora se cria
Versos improvisados que a rima não achou,
Assonâncias que se despedem: Até! Axé! Ai Zé...
Amor! Pensei tratar-se de Perífrase essa saudação
Catacrese mal empregada! Como não pude perceber?
Ironia do destino? Vai saber!
Recorro agora aos saudosos braços do Eufemismo
Quem sabe, um dia, eu entenda que a tentativa de amar
Não passa de um Pleonasmo vicioso e difícil de escapar.
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