Para quando eu quiser escrever. Devaneios, verdades inventadas, escape... Qualquer faceta cabe aqui, inclusive a de ser mais um em busca de encontrar respostas para compreender a si mesmo.

sábado, 19 de março de 2011

Família, amigos e lembranças.


          Não há como negar que o dinheiro pode (pro)mover o homem a camadas sociais mais altas possíveis, em qualquer tempo. É inegável que quanto mais se tem, mais se quer. E nessa busca, às vezes, insensata, não só se deixa de usufruir o que já se conquistou com o dinheiro, como também aquilo que ele não pode comprar.
          Nada melhor que uma conta bancária recheada, um ciclo influente de parceiros profissionais, roteiros intermináveis de viagens, carros importados e restaurantes caros. Ser abastado na vida pode mesmo fazer a diferença. Exibir mulheres-prêmio,  desfilar grifes internacionais e gozar de privilégios, como comprar um apartamento de cobertura em um condomínio de luxo é para poucos.
          Para aqueles que não dispõem de tantas oportunidades, lhes restaram o aconchego da família, o caminhar pela praça ao fim do dia, o abraço sincero ao reencontrar um amigo e a lembrança de uma vida simples. Café quente com pamonha, banho de chuva, aniversário americano, lotação de ônibus para praia. Recordações que estampam porta retratos, que enfeitam as paredes das casas, também simples.
          O dinheiro pode comprar muitas coisas - inclusive as pessoas - e fazer o homem se sentir realizado. Tê-lo, no entanto, não é requisito para ser feliz. (...) Não quero dizer que quando se tem dinheiro não se tem família, amigos e lembranças. Mas se os que não tem, precisam encontrar motivos para também serem felizes, que seja ao menos com tudo aquilo que o dinheiro não compra.

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